terça-feira, 14 de julho de 2009

Licopeno e sua importância na Saúde - edição 2

O tomate é um ingrediente básico do molho bolonhesa, do ketchup e do coquetel Bloody Mary; é nativo do México e da América Central, e integrava o cardápio dos incas e astecas já em 700 a.C. Acredita-se que Cristóvão Colombo, após sua segunda viagem ao Novo Mundo, teria levado sementes do fruto para a Europa, onde começou a ser cultivado com intuito ornamental.

Sua primeira citação na literatura científica ocorre em 1544, no tratado do botânico italiano Pietro Andrea Mattioli. Foi ele quem batizou o tomate de pomo d’oro, ou maçã de ouro.

De formas, tamanhos e cores diversas, as mais de mil variedades existentes de tomate são responsáveis por um aporte significativo de nutrientes para populações de várias regiões do planeta e contribui para isso o fato de serem encontrados durante o ano inteiro. No Brasil, por exemplo, dados da Pesquisa de Orçamentos familiares de 2002-2003 registram o consumo de 5 kg de tomate per capita por ano.

As virtudes nutricionais do tomate estão relacionadas às suas concentrações de flavonóides [grupo de compostos químicos encontrados naturalmente em certas frutas, vegetais, chás, vinhos, nozes, sementes e raízes] e ao fato de ele ser uma boa fonte de vitamina A e excelente de vitamina C. E é a presença em grande quantidade de Licopeno, que mais atenção desperta recentemente.

O Licopeno é um pigmento natural da família dos carotenóides [grupo de pigmentos solúveis em gordura. Eles dão as cores vermelha, laranja e amarela aos alimentos], que não é produzido no corpo humano. Cerca de 85% do licopeno da dieta provém do tomate maduro. Em menor quantidade, ele está presente em frutas como melancia, mamão, goiaba vermelha e a pitanga.

O aquecimento e processamento do tomate aumentam a biodisponibilidade de licopeno em razão de sua maior liberação da matriz do alimento. Deste modo, o molho e o purê de tomate são tidos como melhores fontes do que o tomate cru. A ingestão concomitante do tomate com o azeite de oliva extra-virgem aumenta a atividade anti-oxidante do licopeno.

Sua quantidade em tomates frescos varia, dependendo de fatores como época da colheita, local de plantio e da técnica para sua quantificação. Os valores, em geral, estão entre 2mg e 20mg/100mg de tomate. Não há consenso na literatura sobre sua ingestão ideal, que oscila de 4mg/dia a 35mg/dia.

Nos últimos anos, a estabelecida atividade antioxidante desse carotenóide tem estimulado um crescente número de pesquisas que avaliam seu papel na promoção da saúde e na prevenção de doenças metabólicas, inflamatórias, neoplásicas e imunológicas.

Dessa forma, ninguém deve excluir o tomate da lista de compras, e a recomendação é que as pessoas consumam diariamente uma grande variedade de frutas e vegetais – incluindo o tomate.

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