terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vitaminas - Como não desperdiçá-las nos alimentos

Calor, água, luz e oxigênio podem destruir as vitaminas em alimentos. Quinze minutos de imersão podem remover 2 - 30% da vitamina C em vegetais. O cozimento subsequente destrói de 10 a 60%, dependendo do tipo de fruta/legume e do procedimento usado.
Nem todo legume que consumimos é fresco. De fato, desde que a cadeia de distribuição congelada seja respeitada, os legumes congelados frequentemente contêm mais vitaminas do que os “frescos” que ficaram muito tempo nas prateleiras.
Algumas precauções podem ajudar a reduzir as perdas de nutrientes associadas ao cozimento dos alimentos:
- Frutas e legumes devem ser consumidos rapidamente e mantidos protegidos da luz no refrigerador quando possível (alface, couve-flor, espinafre, cebola, maçã, pera, uva, etc.)
- Lave em água corrente primeiro, corte ou fatie depois
- Adicionar algumas gotas de limão ou vinagre a frutas ou legumes depois de cortá-los ou fatiá-los reduz a destruição de vitamina C
- De preferência, cozinhar os legumes no vapor em vez de ferver
-Aproveite a água do cozimento (imediatamente) para fazer um molho ou sopa
- Cozinhe frutas, legumes e pratos congelados sem descongelar previamente
- Aproveite o suco de legumes enlatados no preparo dos alimentos, pois o mesmo contém vitaminas e minerais.
- Use o micro- ondas para aquecer porções pequenas de legumes cozidos ou conservados
- Cozinhar os alimentos por muito tempo destrói as vitaminas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sindrome do Esgotamento Profissional

Essa doença é cientificamente conhecida como Síndrome de Burnout, e trata-se de um tipo específico de estresse. É uma síndrome caracterizada por sinais e sintomas de exaustão física e emocional em decorrência de má-adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado e estressante.

Essa síndrome tem sido descrita principalmente entre professores, funcionários de escola, enfermeiras, guardas, psicólogos, assistentes sociais, etc. A Burnout é vista como perda progressiva do idealismo e do propósito da pessoa como resultado de suas condições de trabalho.Isso varia muito de causa para causa.Vai desde muitas horas de trabalho até um salário irrisório.

São sintomas da síndrome de Burnout:
- queda de eficiência no trabalho
- ausência frequente no trabalho
- insegurança nas decisões
- se fumante – aumento do consumo de cigarros
- descontrole emocional (irritabilidade)
- desânimo
- falta de perspectiva na vida
- baixo astral permanente
- esquece as coisas com facilidade
- acha que os colegas de trabalho estão conspirando contra ele
- acredita que seu trabalho nunca é reconhecido pela chefia
- somatização (desenvolvimento de doenças cardíacas e gastrointestinais).

Caso você apresente mais de dois sintomas acima apontados por mais de duas semanas ininterruptamente , procure ajuda médica especializada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Gripes e resfriados – Aspectos nutricionais

A maioria das pessoas desenvolve um resfriado duas ou três vezes por ano. É por esta razão que é chamado de “resfriado comum”. É caracterizado por coriza nasal, tosse e dor de garganta.

Nos meses de inverno, as gripes são mais comuns, e o que torna a gripe uma doença mais forte que o resfriado é a presença da febre, acompanhada de dores musculares e articulaculares. As complicações da gripe como a pneumonia, podem ser bastante sérias, e milhares de pessoas morrem por ano de gripe ou de suas complicações.

Os resfriados e as gripes são infecções respiratórias altamente contagiosas causadas por vírus. Já foram identificados mais de 100 vírus de resfriado (rinuvírus). Por isso podemos ter vários resfriados ao longo da vida, e estar imunizado a um dos vírus não nos protege dos outros tipos. Existem menos tipos de vírus da gripe, mas estes passam por frequentes mutações, ou seja, mudam sua estrutura protéica, todos os anos, e é por isso que anualmente novas vacinas de gripe são produzidas .

Os médicos recomendam que todas as pessoas acima de 65 anos com problemas circulatórios, respiratórios, renais, metabólicos ou algum distúrbio imunológico, recebam a vacina contra a gripe.

As gripes e os resfriados se disseminam quando liberamos gotículas de líquidos carregados de vírus ao tossir e espirrar ou quando são transferidos para superfícies por meio do contato.

Quando a pessoa inspira um ar excessivamente seco (principalmente nos aviões e lugares com ar condicionado), suas passagens aéreas nasais formam pequenas rachaduras que são uma porta de entrada para os vírus. A melhor defesa é ingerir muito líquido, para reidratar as membranas sensíveis, usar um umidificador ou abrir uma janela para deixar entrar ar novo.

As pessoas ficam mais vulneráveis a pegar um resfriado quando seu sistema imunológico está debilitado. Entre as medidas preventivas estão: evitar bebidas alcoólicas, dormir bem e reduzir os níveis de estresse.

A importância da alimentação

Embora não exista cura para gripes e resfriados, uma boa alimentação pode ajudar a preveni-los, encurtar a duração ou abrandar os sintomas.

Ainda não foi comprovado que megadoses de vitamina C podem prevenir ou curar gripes e resfriados, mas como a vitamina C tem propriedade anti-histamínica, beber sucos de frutas cítricas ou tomar um suplemento pode ajudar a reduzir sintomas nasais.

Como a febre alta pode levar a desidratação, durante uma gripe ou resfriado, beba no mínimo de oito a dez copos de líquidos por dia, para repor as necessidades corporais, manter as mucosas úmidas e soltar o catarro. Beba água, chá, sucos de frutas ou caldos. Não faça uso de bebidas alcoólicas, pois o álcool tem efeito vasodilatador e provoca uma sensação de entupimento dos seios nasais. Bebidas alcoólicas podem produzir efeitos adversos quando ingeridos a medicamentos e, além disso, reduzem a capacidade do corpo de combater a infecção.

Quanto à alimentação, os médicos recomendam que o paciente coma sempre que sentir fome. Os seguintes alimentos podem ser úteis e ajudar a combater os sintomas:

- canja de galinha: é de fácil digestão e contém cistina, um aminoácido que ajuda a afinar o muco, aliviando a congestão nasal.

- alho e pimentas (capsaicina) podem funcionar como descongestionante natural.

- frutas, verduras e legumes por conterem vitamina C

- alimentos ricos em zinco – pois mantém o sistema imunológico saudável. Boas fontes de zinco são frutos do mar (ostras), carne vermelha e aves, iogurte e outros produtos derivados do leite, germe de trigo, farelo de trigo e grãos integrais.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Adoçantes Dietéticos: Vilões ou Aliados da Saúde?

O consumo de adoçantes no Brasil vem aumentando, impulsionado por um grande número de consumidores cada vez mais preocupados com a saúde e com as consequências que uma dieta rica em açúcar pode ter na qualidade de vida.

Hoje em dia são tantos os tipos e as marcas de adoçantes comercializados, que inúmeras dúvidas acabam surgindo entre as pessoas, principalmente quanto à segurança do uso dessas substancias.

O que são Adoçantes?

O adoçante dietético é produzido a partir de substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce. Os adoçantes possuem um poder de adoçamento muito maior que o do açúcar de cana (sacarose) e produzem um total de calorias muito inferior ao mesmo.

São recomendados para dietas especiais como as de restrição em açúcar (principalmente no diabetes) e em dietas para perda de peso.

Acertando na dose

Sabe-se que os adoçantes são indicados para diabéticos, pacientes com tendência à hipoglicemia e pessoas que precisam perder peso, mas desde que respeitem a dose máxima recomendada por kilo de peso.

Doses altas dos adoçantes dietéticos foram relacionadas a câncer de bexiga em animais de laboratório.

Embora muitos estudos mostrem não haver qualquer efeito prejudicial, os adoçantes ainda despertam dúvidas e calorosas discussões entre os pesquisadores. Eles são seguros se utilizados na dose certa, sem exageros.
Por possuírem um poder de doçura maior que o açúcar, pequena quantidade é o suficiente para dar sabor a alimentos e bebidas. Lembre-se que a lactose (açúcar do leite) e a frutose (açúcar das frutas ) já garantem um bom aporte de carboidratos às crianças e adultos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere uma quantidade limite de ingestão dos adoçantes artificiais IDA (Ingestão Diária Aceitável), sendo que o cálculo deve ter por parâmetro o peso corporal da pessoa.

A ANVISA deveria obrigar os fabricantes de adoçantes a colocarem a “IDA” de cada tipo de adoçante nos rótulos de cada produto.

Conheça alguns tipos de adoçantes e suas recomendações diárias
1- Sacarina – é o adoçante artificial não-calórico mais antigo que existe. Sua descoberta ocorreu em 1879 e sua utilização ocorre desde 1900. Apresenta um poder adoçante cerca de 500 vezes maior que o do açúcar da cana (sacarose). Em 1986 foi comprovada sua segurança para a saúde através de diversos trabalhos técnicos-científicos. A IDA corresponde a 2,5mg/kg de peso do corpo.

2- Ciclamato - é um adoçante sintético, não calórico, que foi descoberto em 1940. Com um poder adoçante que supera em 30 vezes o da sacarose (açúcar comum), o ciclamato hoje é permitido no Brasil, Estados Unidos, Canadá e em mais quarenta países. É um dos adoçantes mais baratos do mercado, sendo muito utilizados pela indústria alimentícia para a fabricação de geléias, sorvetes, gelatinas e principalmente de refrigerantes dietéticos. Deve ser evitado por hipertensos, já que costuma aparecer na forma sódica, ou seja, combinado ao sódio. A IDA corresponde a 11mg/kg de peso.

3- Aspartame – edulcorante artificial descoberto em 1965. Possui sabor agradável e semelhante ao açúcar branco, sendo seu potencial adoçante 200 vezes maior, o que permite seu uso em pequenas quantidades. Seu valor energético corresponde a 4 calorias/grama.É muito usado na indústria alimentícia, principalmente na fabricação de refrigerantes dietéticos. É contra-indicado a portadores de fenilcetúria, uma doença genética rara que provoca a incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina, ocasionando seu acúmulo no organismo, causando retardo mental. Pode ser diagnosticada ao nascimento através do teste do pezinho.Notícias associando o uso do aspartame ao aparecimento de tumores, mudanças de humor, perda da memória entre outros malefícios têm assustado as pessoas.Entretanto, não existem comprovações científicas até o momento de que o aspartame provoque qualquer anomalia. A IDA corresponde a 40mg/kg de peso.

4- Acessulfame-K- descoberto em 1967, o acessulfame foi aprovado pelo FDA- Food and Drug Administration em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa. Adoça 200 vezes mais que a sacarose. Não é calórico e nem metabolizado pelo organismo. Vários estudos demonstraram ausência de indícios cancerígenos ou mutações na célula. A IDA corresponde a 15mg/kg de peso.

5- Steviosídeo – adoçante natural descoberto em 1905, extraído da stévia, uma planta originária da Serra do Amambai, na fronteira do Brasil com o Paraguai. É muito consumido no mundo oriental, principalmente no Japão. Seu poder adoçante é cerca de 200 a 300 vezes maior que o da sacarose, sendo o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial. É totalmente atóxico e seguro ao organismo, mas seu uso é pequeno devido a um sabor residual amargo que possui. Sua IDA corresponde a 5,5 mg/kg de peso.

6- Sucralose – descoberta em 1976, esta substância foi recentemente aprovada pela FDA(EUA). É o único adoçante derivado do açúcar e tem um poder de doçura 600 vezes superior ao açúcar, não possuindo sabor residual amargo. Pesquisas comprovam que o adoçante não apresenta efeitos tóxicos, nem efeitos carcinogênicos, reprodutivos e neurológicos. A IDA corresponde a 15 mg/kg de peso.


Conclusão

Os adoçantes são fortes aliados para pessoas que precisam restringir o consumo de sacarose e glicose (diabéticos, hipoglicêmicos) e pessoas que precisam perder peso. Mas não são totalmente isentos de risco, por isso exageros como esguichar o produto no copo de suco, além de ingerir muitos alimentos que já vêm com adoçantes (produtos diet, light, zero, etc) podem fazer extrapolar a ingestão diária recomendada. Por isso se faz necessária uma conscientização na hora de ingerir o produto, além da associação com hábitos saudáveis, como seguir um plano alimentar e fazer exercícios físicos regularmente.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Depressão na Infância e Adolescência

A Depressão não escolhe idade e pode chegar mais cedo, já na infância ou adolescência, e por isso é preciso que a família esteja atenta aos primeiros sinais da doença e busque ajuda médica o mais rápido possível para que seja mantida a qualidade de vida nessa fase da vida.

Fatores de Risco

Em geral, a depressão na infância ou na adolescência é normalmente desencadeada por fatores ambientais, ou seja, conflitos, perdas ou mudanças relacionadas à família, à escola, ou a outros lugares que façam parte da rotina da criança ou do adolescente.
Nessa fase da vida, situações como: separação dos pais, a perda de parentes ou amigos e mudanças de cidade ou de escola podem desencadear sintomas depressivos. Mas a doença pode se desenvolver mesmo em crianças ou adolescentes que não tenha uma explicação em fatores externos.

As faixas de transição entre a infância e a adolescência e desta última para a fase adulta são consideradas as mais propícias para o aparecimento da doença. Nestas fases aspectos físicos, sociais, emocionais e hormonais estão envolvidos para o aparecimento da doença.

Sintomas

Os sintomas mais comuns nessa faixa etária são: tristeza, apatia, choro, dificuldade de concentração, irritabilidade e insônia. A criança pode ainda apresentar comportamentos de regressão como voltar a fazer xixi na cama, fazer birra ou manha. Sintomas como fadiga, perda de apetite, dores de cabeça, dor de barriga, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Os pais devem ficar atentos quanto à diminuição do rendimento escolar e ao início de isolamento social. Mas é importante não confundir um estado de tristeza, que pode ocorrer após uma situação difícil, e que passa em no máximo duas semanas com a Depressão.

Em geral, crianças e adolescentes que desenvolvem Depressão têm na família alguém com a doença, o que se faz importante levar em consideração a genética.

Diagnóstico e tratamento

A maioria das vezes os pais têm dificuldade de acreditar que seu filho possa estar com Depressão e por isso acaba retardando o diagnóstico precoce, o que prolonga o sofrimento da criança ou do adolescente. O não estabelecimento da terapêutica correta nessa fase da vida pode levar à indução de um adulto depressivo, sem contar que a baixa na concentração e no rendimento escolar pode levar a perda de um ano escolar, o que desestimula o estudante.

Dessa forma, tanto a terapêutica medicamentosa como a psicoterapia devem ser iniciadas o quanto antes, e a participação dos pais é essencial para se conseguir bons resultados no tratamento da doença.
Portal GHM Produções em novo endereço a partir de fevereiro