terça-feira, 25 de agosto de 2009

Depressão na Terceira Idade

A população brasileira está envelhecendo, por exemplo, em 1980 havia cerca de 7,7 milhões de pessoas com mais de 60 anos, número este que dobrou nos últimos 20 anos e a expectativa é que alcance mais de 30 milhões (cerca de 14% da população) ao redor do ano de 2025. E naturalmente, com o aumento da expectativa de vida da população, aumenta também o número de casos de depressão na terceira idade. E o maior problema é que devido a existência de outras doenças associadas à idade, a depressão pode ser mascarada, o que adia o diagnóstico e o início do tratamento.

Há evidências de que a depressão é altamente prevalente na terceira idade e há sugestão de que as mulheres são mais vulneráveis do que os homens para o desenvolvimento da mesma.

Vários fatores demográficos, sociais e biológicos podem predispor os idosos a ficarem deprimidos, sendo que a pobreza, a solidão e um histórico familiar positivo surgem como fatores de predisposição mais poderosos, ao passo que os eventos adversos como o luto e a deterioração da saúde física são os mais poderosos precipitadores.

Aliados a esses fatores, a chegada da aposentadoria e a interrupção de algumas atividades que faziam parte da rotina, as limitações físicas da idade e a dificuldade em estabelecer novos projetos são fatores ambientais e psicológicos que podem desencadear a doença, uma vez que o idoso se sente desmotivado e incapaz.

Além disso, a morte de parentes e amigos, leva ao temor de que o fim da vida está próximo, o que reduz as expectativas em relação ao futuro, podendo levar a episódios de depressão.

Um problema é que os familiares dos idosos tendem a encarar a depressão como um fato normal nessa idade, o que é um engano. Essa crença de que, com a idade, as pessoas vão se tornando mais introspectivas e tendem a ficar mais tristes pode mascarar a doença e dificultar o acesso a um tratamento rápido e eficaz, que livre o idoso da doença.

O tratamento é feito com medicações e acompanhamento psicológico, o que evita que a doença se torne mais grave, o que pode levar o idoso à morte, seja por suicídio ou pelo surgimento de doenças infecciosas devido à diminuição da imunidade provocada pela má alimentação que ocorre em pacientes deprimidos, além da maior predisposição desses pacientes virem a desenvolver câncer.

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